sexta-feira, 8 de julho de 2011

F-5E Tiger II

Northrop F-5E Tiger é um caça tático de defesa aérea e ataque ao solo. O F-5E (versão mais potente do F-5A Freedom Fighter) tornou-se um dos aviões mais operados no mundo. A variante original F-5A foi testada em combate no Vietnã, no Programa Skoshi Tiger. O F-5E é extremamente manobrável e rápido, constituindo-se um excelente avião para combates aéreos.
  historia
A northrop decidiu seguir com o programa do F-5 como um projeto privado, em julho de 1959, o avião realizava seu primeiro vôo. Três anos após o Departamento de Defesa escolheu o F-5 para o Military Assistance Program (MAP). Aliados dos Estados Unidos que procuravam um caça de custo módico começaram a ser atraídos pelo pequeno e ágil avião.
Em 25 de abril de 1962, o Departamento de Defesa Americano anunciou que o N-156F havia sido escolhido para o Programa de Assistência Militar (MAP). Os aliados dos americanos na OTAN e SEATO poderiam agora adquirir um avião supersônico de qualidade com preços razoáveis.
Em 9 de agosto de 1962 foi dada à aeronave a designação oficial de F-5A Freedom Fighter. Otimizado para missões de ataque ao solo, o F-5A tinha apenas uma limitada capacidade ar-ar e não era equipado com um radar de controle de fogo (FCR). O F-5B era a versão biplace do modelo "A", para missões de treinamento e ataque. Apesar de todos os F-5A de produção terem sido designado para o MAP, em outubro de 1965 a USAF "pegou emprestado" 12 F-5A dos estoques do MAP e os mandou para o Vietnã com a 4503º Ala de Caças Táticos (4503º TFW) para testes operacionais. Foi dado ao programa o nome código Skoshi Tiger ("Pequeno" Tigre), e foi durante essas operações que o F-5 foi apelidado de Tiger (Tigre).
Com o início da guerra do Vietnã, as perdas do F-4 Phantom foram muito superiores ao esperado. Nisso, a USAF encomendou 200 F-5A . Embora fosse o mais leve, menos sofisticado e quase sem armamento, suas baixas eram menores que a dos outros aviões em uso ( F-4 Phantom e o F-105 Thunderchief), pois era menos atingido, pois sua manobrabilidade permitia escapar ao fogo antiaéreo.
compras
A FAB recebeu 6 F-5B (FAB 4800 a 4805), 4 F-5F (FAB 4806 a 4809) e 58 F-5E (FAB 4820 a 4877) que foram adquiridos em dois lotes distintos. O primeiro lote em 1973, direto da fábrica (06 F-5B + 36 F-5E), ao valor de US$ 115 milhões e o segundo lote, em 1988, ex-USAF (04 F-5F e 22 F-5E), ao custo total de US$ 13,1 milhões. As primeiras aeronaves da "Operação Tigre", como ficou conhecido o translado do primeiro lote, foram entregues a partir de 28 de fevereiro de 1975 em Palmdale. Eram 3 F-5B, que chegaram ao Brasil no dia 06 de março do mesmo ano, sendo seguidos de outros 3 F-5B em 13 de maio. Em 12 de junho de 1975, chegavam os primeiros 4 F-5E à BAGL, dando início a uma ponte aérea que só terminaria em 12 de fevereiro do ano seguinte, totalizando 36 aeronaves.
Em 1985, depois de muito procurar, chegou-se a um acordo com o governo Reagan, que aceitou negociar 4 F-5F e 22 F-5E, que sairiam das fileiras da USAF, a um custo de US$ 13,1 milhões, uma bagatela. Por volta de Setembro de 2006, especulava-se a aquisição de 9 aeronaves F-5E Tiger II, usadas da Arábia Saudita, sendo 6 F-5E e 3 F-5F. Esta compra, entretanto, não foi adiante, vindo a Força Aérea Brasileira a adquirir um lote de aeronaves pertencentes à Real Força Aérea da Jordânia. No total foram compradas 11 aeronaves, sendo 8 F-5E monoplaces e 3 F-5F biplaces. As primeiras aeronaves vindas da Jordânia chegaram no Brasil em 19 agosto de 2008 e foram enviadas ao Parque de Material da Aeronáutica de São Paulo (PAMA-SP). Todas os F-5 ex-Jordânia deverão ser convertidos para o padrão F-5EM e F-5FM.
F-5EM - O tigre Brasileiro
F5BR (F5M) é uma versão brasileira modernizada do caça F-5 Tiger II empregada na Força Aérea Brasileira. O projeto F5BR (posteriormente chamado de F5M) foi realizado pela Embraer, na cidade de São José dos Campos, em São Paulo, e pela Aeroeletrônica, subsidiária da israelense Elbit, a pedido da FAB e teve custo de US$ 285 milhões. O projeto consistiu na aplicação de aviônicos de última geração, atualização dos sistemas de navegação, armamentos e auto-defesa, inclusive com equipamentos recentes de contra-medidas eletrônicas. A modernização destes caças foi uma alternativa ao Projeto FX original do governo Brasileiro a fim de conseguir um sistema de defesa aérea efetivo na segurança aérea brasileira.
Ela inclui a última tecnologia disponível, com a capacidade técnica de ambas empresas para desenvolver a solução certa para os cenários operacional e orçamentário da Força Aérea Brasileira. São aproximadamente 60 caças F-5E/F que serão atualizados e irão assegurar a sua vida operacional por mais 15 anos.
O F5BR é considerado um caça de 4ª geração (os outros F5 são tidos como de 3ª) , tem aviônicos e sistemas totalmente novos (os mesmos do A-29), o caça também opera os misseis nacionais MAA-1 Piranha, o trem de pouso também foi otimizado dando ao F5BR a capacidade de pousar em pistas em mal estado de conservação. O caça também tem o sistema REVO de reabastecimento em pleno vôo.
A operação aérea Cruzex é realizada no Brasil a cada dois anos com a participação de forças aéreas sulamericanas e da França. Nos exercícios de 2002 e 2004, era nítida a distância entre a FAB e a Armée de l'Air. Na CRUZEX 2006, o avanço conseguido pelo F-5M devido as modificações eletrônicas, surpreendeu a própria FAB e todas as forças aéreas convidadas. O avião agora possui seu sistema totalmente digital, e a FAB implantou mísseis BVR [1] Derby de origem israelense. Essas modificações mostraram no exercício militar a nova cara da FAB, ou seja, uma força que finalmente chegou a era digital e que introduz uma série de novos conceitos em operação, embora ainda esteja muito aquém do poderio aeronáutico apresentado por norte-americanos, russos, franceses e ingleses. A integração da aeronave Embraer EMB-145 AEW&C e o "novo" F-5 demonstrou ser letal, igualando ou vencendo o sistema equivalente da Força Aérea Francesa no exercício. O EMB-145 AEW&C possui um poderoso radar instalado, orientando os caças F-5 com seus mísseis.
Ficha Técnica
Origem:
Northrop, USA
Modernização:
Embraer (Elbit, Galileo, Honeywell e Elisra)
Tipo:
Caça tático supersônico
Motores:
2 turbinas General Electric J85-GE-21A com 2.268 Kgf de empuxo em pós-combustão.
Velocidades:
- máxima: 1.733 Km/h (Mach 1.63 a 10.975 m)
- stoll:        230 Km/h
- subida: 10.515 m/min
Teto operacional:
15.790 m
Raios de combate:
- com carga máxima: 313 Km (tanque cheio e armamentos)
- com máximo de combustível: 2.338 Km
Pesos:
- vazio:     4.392 Kg
- máximo: 11.192 Kg
Dimensões:
- envergadura:   8,13 m
- comprimento: 14,68 m
- altura:            4,06 m
- área da asa:  17,28 m2
Armamento:
- 1 canhão M-39A-2 de 20 mm com 280 tiros.
- até 3.175 kg de armamentos em 5 pontos "duros",
(entre mísseis ar-ar/terra/mar, foguetes e bombas)
- mísseis ar-ar MAA-1 Piranha / Python 3 (ou Python 4).
- mísseis BVR (Beyond Visual Range), provavelmente
o míssel de radar ativo israelense Derby.
- mísseis anti-radiação MAR-1.
- foguetes SBAT-70.
- bombas diversas:
- bombas incendiárias BINC-200/300 (Napalm)
- bombas anti-pista BAPI
- bombas de baixo arrasto BAFG-230/920 (Mk.84)
- bombas lança-granadas BLG-120/204/252 (Rockeye)
- bombas com freio aerodinâmico BFA-230/460
Sensores:
- Radar Doppler FIAR Grifo-F com modos de operação
ar-ar, ar-solo e ar-mar, com grande resistência a bloqueios
e despistamentos, eletrônicos ou mecânicos e capacidade
de rastrear/acoplar alvos de cima para baixo (look-down)
Alcances do Grifo-F:
- 56 Km para contatos na mesma altitude ou acima
- 37 Km para contatos voando abaixo (look-down)
- 110/148 Km para alvos marítimos.
- Sistema de Alerta de Radar para autodefesa da Elisra
(RWR - Radar Warning Receiver).
- Pod de Reconhecimento Tático Rafael Reccelite
- Pod de Navegação e Designador Laser Rafael Litening 3
- Pod de Contramedidas Eletrônicas Rafael Sky Shield
NavCom:
- dois computadores de missão redundantes e parelelos.
- rádios digitais V/UHF Rohde & Schwartz M3AR (Serie 6000)
com proteção eletrônica das comunicações, como salto,
criptografia e compressão de freqüências.
- data-link que permitirá transferência de dados entre as
aeronaves F-5M, os Embraer R-99 de alarme aéreo
antecipada e estações de controle de terra (Cindacta).
- sistema inercial de navegação INS/GPS da Rockwell
modelo H-764G a laser e um segundo GPS de backup.
- IFF, VOR, ILS Marker Beacom/DME.
Outros sistemas:
- óculos de visão noturna NVG (Night Vision Goggles)
- HUD (Head-Up Display) visor-de-cabeça-esguida
- visor-montado-no-capacete com visor de mira
HMD (Helmet-Mounted Display) tipo DASH da Elbit.
- manetes e manche com tecnologia HOTAS
(Hands On Throttle And Stick)
- 3 telas coloridas de cristal líquido de múltiplas funções
(MFCD conceito glass cockpit)
- novos sistemas de pontaria
- novos sistemas de gerenciamento de combustível
- probe para reabastecimento em vôo
- gerador autônomo de oxigênio a bordo (OBOGS)
- assento ejetável zero-zero Martin Baker Mk.10LE
- lançador ventral de chaff e flare (despistadores de mísseis)
- cabine pressurizada e com controle ambiental
- gancho traseiro para parada de emergência
Tripulação:
- versão F-5EM monoplace
- versão F-5FM biplace
Operador:
Brasil

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