O McDonnell Douglas A-4 Skyhawk é um avião de ataque naval especialmente desenvolvido para operar a partir de porta-aviões. Desenvolvido nos anos 1950 para a Marinha dos EUA, o pequeno, econômico, mas versátilSkyhawk continua em uso em diversas forças aéreas do mundo.
História
Em janeiro de 1952, a equipe de Edward Henry Heinemann (mais conhecido como Ed Heinemann) projetista-chefe da Douglas Aircraft Company (mais tarde McDonnell Douglas) apresentou um projeto para a Marinha Americana em resposta a uma requisição daquela força, que necessitava de uma aeronave de ataque com capacidade nuclear, baseada em porta-aviões, com raio de ação de 555 km, capaz de transportar 908 kg de armamento e atingir velocidades de 805 km/h, pesando até 13.600 kg e que não deveria custar mais de US$1.000.000,00 (um milhão de dólares) por unidade. Para cumprir essas difíceis exigências, o que Heinemann fez foi: peguei o melhor motor a jato, coloquei asas e esqueci o resto (sic). De fato, a "simplicidade" do projeto de Heinemann agradou à Marinha Americana que autorizou a fabricação de 2 protótipos, designados inicialmente como XA4D-1, mas que passsaram logo depois para para XA-4A devido a uma mudança na nomenclatura de aeronaves.
O modelo inicial foi apresentado duas semanas após a primeira avaliação e tinha comprimento de 12,01m, peso de 5.440 kg, velocidade superior à 950 km/h, carga de armas de 2.250 kg (incluindo artefatos nucleares) e uma envergadura de apenas 8,38m, o que dispensava a necessidade de asas dobráveis para armazenamento em porta-aviões. O primeiro vôo da nova aeronave aconteceu em 22 de junho de 1954. As dezoito aeronaves de pré-série, conhecidas comoYA4D-1 (A-4A), foram seguidas pelo modelo de produção, chamado de A4D-1(A-4A), que voou em 14 de agosto de 1954. Em 15 de outubro de 1955, apenas dois meses após o seu primeiro vôo, o A4D-1 ou (A-4A) bateu o recorde de velocidade em circuito fechado de 500 km, atingindo 1.118 km/h.
As primeiras unidades começaram a ser entregas para a Marinha Americana em meados de 1956 e entraram em serviço ativo em outubro do mesmo ano. A produção foi mantida até fevereiro de 1979, totalizando 2.960 exemplares construídos em pelo menos 20 versões diferentes.A último versão produzida nova para os norte-americanos foi a A-4M, uma aeronave bastante sofisticada, usada principalmente pelos esquadrões do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e o último modelo a sair da linha de montagem foi o A-4KU, .
Perfil de um A-4C Skyhawk do esquadrão VA-76 da Marinha dos Estados Unidos em 1968. (Fonte: A-4 - Perfis de Aviões)
uma série especial de 30 aeronaves (mais 6 bipostos TA-4KU) fornecidos para o Kuwait mas que atualmente servem à Marinha do Brasil.
Perfil de um A-4P (A-4B) Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com o esquema de pintura usado durante a Guerra das Malvinas. Notar as marcações em amarelo. (Fonte: Malvinas/Falklands - Perfis de Aviões)
No decorrer de sua carreira, o Skyhawk perdeu a função de ataque nuclear mas ganhou a capacidade para operar em qualquer tempo, sendo que a principal modificação visível foi uma espécie de "corcunda" ou "corcova", introduzida, a partir do modelo A-4F, na parte superior da fuselagem, para receber aviônicos. Os aviões assim fabricados (e os modelos mais antigos que também ganharam a "corcova") ficaram conhecidos como camel (camelo). Mas o A-4 possuía outros apelidos, como bantam (o equivalente em inglês ao peso galo do boxe) e scooter(patinete) uma alusão à grande altura do trem de pouso. Devido ao apelidobantam, alguns pilotos se referiam (referem) ao Skyhawk como galinho-de-briga ou bombardeiro peso galo. Interessante lembrar que o nome Skyhawksignifica gavião do céu.
Perfil de um A-4P (A-4B) Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com o esquema de pintura usado durante a Guerra das Malvinas antes da aplicação das marcações em alta visibilidade. (Fonte: Malvinas/Falklands - Perfis de Aviões)
A serviço dos EUA, os Skyhawks continuaram voando na função Agressor para o fuzileiros e para a marinha até o final do século XX. Esta última também operou o aparelho na equipe acrobática Blue Angels e o modelo TA-4J operou nos esquadrões de treinamento avançado até 1999, quando foram substituídos por T-45A Goshawk. .
Perfil de um A-4C Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com um dos esquemas de pintura adotados por estes aviões durante a Guerra das Malvinas. (Fonte: Malvinas/Falklands - Perfis de Aviões)
A grande versatilidade do Skyhawk fez dele uma ótima opção para diversas forças aéreas ao redor do mundo, razão pela qual o avião ainda continua em plena atividade no início do século XXI. 2.960 aeronaves foram produzidas.
Perfil de um A-4C Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com um dos esquemas de pintura adotados por estes aviões durante a Guerra das Malvinas. (Fonte: Malvinas/Falklands - Perfis de Aviões)
Pela Força Aérea e Marinha Argentinas, o A-4 teve destacado papel na Guerra das Malvinas. Aeronaves A-4P e A-4Q (A-4B) e A-4C conduziram diversas missões de ataque durante o conflito do Atlântico Sul, geralmente carregando bombas e realizando ataques anti-navio. As aeronaves da Força Aérea Argentina receberam faixas amarelas e posteriormente azul turquesa como forma de identificá-las como "amigas" perante as baterias de artilharia anti-aérea argentina estacionadas nas ilhas Malvinas durante o conflito.
A Argentina, junto com Israel, foi um dos maiores operadores do Skyhawk. Desde 1998, uma versão modernizada conhecida como A-4AR Fightinghawk está operando pela Força Aérea Argentina. Esta versão está equipada com o radar ARG-1, uma versão do AN/APG-66 do F-16. 36 unidades estão operacionais.
Operadores
Entre os operadores do A-4 Skyhawk nas suas diversas variantes incluem-se os seguintes países e as seguintes forças armadas:
- Argentina (Força Aérea e Marinha)
- Brasil (Marinha)
- Israel (Força Aérea)
- Kuwait (Força Aérea)
- Singapura (Força Aérea)
- Austrália (Marinha)
- Malásia (Força Aérea )
- Nova Zelândia (Força Aérea)
- EUA (Marinha e Corpo de Fuzileiros)
Marinha do Brasil
A Marinha do Brasil possui 23 exemplares de Skyhawk da versão A-4KU, a última a ser produzida. Desses, 20 são monopostos (versão A-4KU) e 3 bipostos de treinamento (versão TA-4KU). Destas aeronaves, cinco monoplaces são utilizados como fontes de peças.
O modelo monoposto foi designado AF-1 e o biposto AF-1A.
Um caça Skyhawk no porta-aviões NAe São Paulo (A-12).
Os AF-1 e AF-1A foram comprados no final dos anos 90 do Kuwait e são aeronaves veteranas de guerra, tendo participado de missões de combate da Operação Tempestade no Deserto no início de 1991. Durante o conflito de 1991 voaram com uma camuflagem em areia, marrom e cinza, além de levarem escrito na lateral da fuselagem as palavras "Free Kuwait". (Fonte: Perfis de Aviões)
Os Skyhawk brasileiros ficam sediados na Base Aérea Naval de São Pedro Aldeia (BAeNSPA) e operam embarcados no NAe São Paulo.
especificaçoes
Descrição | |
---|---|
Fabricante | Douglas Aircraft Corporation |
Primeiro voo | {{{primeirovoo}}} |
Entrada em serviço | outubro de 1956 |
Missão | Aeronave de Ataque |
Tripulação | 1 (ou 2 na versão de treinamento) |
Dimensões | |
Comprimento | 12,2 m |
Envergadura | 8,4 m |
Altura | 4,6 m |
Área (asas) | 24,15 m² |
Peso | |
Tara | 4.750 kg |
Peso total | 8.318 kg |
Peso bruto máximo | 11.136 kg |
Propulsão | |
Motores | 1 x Pratt & Whitney J52 |
Força (por motor) | kN |
Performance | |
Velocidade máxima | 1.077 km/h (Mach: ) |
Alcance bélico | km |
Alcance | km |
Tecto máximo | m |
Relação de subida | m/min |
Armamento | |
Metralhadoras | 2× 20 mm Colt Mk 12 cannon, 100 tiros por arma |
Mísseis/ Bombas | AIM-9 Sidewinder e 4,490 kg em bombas |
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