O Tamoyo é um derivado do M41, incorporando novas tecnologias e um canhão de 90 ou 105 mm, mas mantendo as características apreciadas pelo exército brasileiro no M41. Foram desenvolvidos nos protótipos diversos componentes baseados nas peças do M-41,o trem de rolamento e suspensão eram semelhantes.
Ao contrário do EE-T1 Osório da Engesa, era um carro de combate médio, e projetado de acordo com as necessidades do Exército Brasileiro e do parque automobilístico nacional, de forma a reduzir a dependência de equipamentos e peças importadas. O Osório era um MBT, um carro de combate pesado, foi desenvolvido para uma possível encomenda da Arábia saudita, e incorporava diversos equipamentos importados.
Baseado nos requisitos operacionais estabelecidos pelo Exército Brasileiro, a Bernardini começou a desenvolver o novo veículo, inicialmente denominado X-30. O veículo não poderia superar as 30 toneladas, limite imposto de sistema rodoviário e ferroviário brasileiros. Foram contactadas empresas nacionais que poderiam fornecer componentes para o projeto.
Protótipos
O primeiro protótipo foi finalizado em 1984e foi designado Tamoyo I. Possuía suspensão por barras de torsão, canhão de 90mm, motor Scania DSI 14, mecanismo de giro da torre nacional, sua transmissão CD-500-3 (a mesma empregada no M-41) e baixa silueta.
O Tamoyo II tinha por objetivo adaptar o veículo ao mercado internacional, incorporando equipamentos importados mais sofisticados, entre outros optrônicos e uma nova transmissão.
O Tamoyo III apresentava uma série de aperfeiçoamentos, distinguindo-se facilmente dos modelos anteriores. O Tamoyo passa a incorporar modernas tecnologias, como a blindagem composta de aço e cerâmica, telêmetro laser, visão noturna e térmica, direção de tiro computadorizada, torre estabilizada para tiro em movimento. O veículo recebeu o moderno canhão de 105mm L7 Royal Ordnance e um motor diesel V8 Detroit série 92. O chassi e a torre foram modificados e a blindagem frontal foi aumentada, o peso total atingiu as 31 toneladas.
Com as opções por um canhão de 90mm ou 105mm o fabricante afirmava que o tanque tanto poderia ser utilizado como um veículo blindado médio de reconhecimento, como com o canhão maior de 105mm e melhor blindagem e motor poderia formar agrupamentos de carros de combate, adequados para enfrentar qualquer ameaça que se poderiam esperar no continente sul americano.
O Tamoyo poderia ser equipado com um computador de tiro da FERRANTI, enquanto que o periscopio era americano, fabricado pela empresa Kolmorgan. Alguns dos sistemas não estavam instalados a bordo dos tanques TAM argentinos que eram naquela altura a referência para os brasileiros.
O motor considerado para o tanque foi inicialmente o conjunto motriz Scania DA14, com a potência aumentada para 736cv fabricado pela Scania no Brasil. Mas a possibilidade de utilizar um motor GM8V92TA Detroit-Diesel também foi considerada, para o caso de o veículo ser exportado e haver preferência por esse motor.
A grande vantagem do Tamoyo como possibilidade para carro de combate brasileiro, estava na grande percentagem de incorporação de componentes fabricados no Brasil. Toda a blindagem, a torre os sistemas hidraulicos, as lagartas, um dos motores e até o canhão (no caso do 90mm) podiam ser fabricados no Brasil. Alguns dos outros equipamentos, embora de origem internacional, poderiam ser nacionalizados desde que o numero de sistemas a adquirir fosse suficiente e justificasse a operação.
FANTASTICO
ResponderExcluirFANTASTICO
ResponderExcluir